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Como usar o pensamento crítico para desenvolver empatia e responsabilidade social?

Uma das certezas que tenho na vida é a de que os problemas sempre existirão, ou seja, basta estar vivo para saber que existe algo a ser resolvido ou melhorado em nossa vida. Porém, há ainda pessoas que acham que para se viver melhor, o ideal é não ter obstáculo de qualquer natureza, assim tentam proteger a si mesmos e à sua família de todas os “perigos” gerando nesse processo um dos grandes desafios de nossa sociedade.

Em 2019 fui voluntário em um projeto do Instituto Bússola Jovem que atende jovens da comunidade do Jardim Irene de São Paulo. A cada semestre cerca de 18 adolescentes vivenciam atividades que promovem competências para o mercado de trabalho. São convidados profissionais de diversas áreas, tais como tecnologia, RH, psicologia, engenharia, medicina, etc. Cheguei cedo para fazer um workshop de pensamento computacional e consegui observar as discussões em grupo durante uma atividade de Design Thinking. Fiquei impressionado com a facilidade que eles demonstraram em identificar problemas em suas comunidade e propor ideias para melhorar a situação dos moradores.

A dificuldade em enxergar problemas e ter empatia pode ser agravada pela bolha de proteção que a família e a escola fornece, especialmente para a classe média e alta. Quando o professor leva seus alunos a buscar problemas para propor soluções, trabalha-se algumas das competências gerais da BNCC, tais como os pensamentos científico, crítico e criativo.

Além disso, o uso de tecnologias digitais pode ser uma ótima forma de incentivar os alunos a buscar soluções para problemas reais. Ferramentas como o Google Earth e o Street View, por exemplo, podem ajudar os alunos a visualizar as condições de uma comunidade e identificar possíveis problemas ambientais ou sociais. Já o uso de aplicativos e softwares de design pode ajudar os alunos a criar soluções inovadoras para esses problemas.

Uma das dinâmicas que gosto de aplicar é a da entrevista. Um dos membros do grupo faz o papel da pessoa que vivencia a situação problema, ou seja, é a pessoa que tem o problema em sua vida. Os outros membro são os repórteres que fazem perguntas que os ajudam a entender melhor o contexto. Veja que estas atividades ajudam também a desenvolver o repertório cultural, a comunicação e a argumentação.

Em outras palavras, a tecnologia digital pode ser uma aliada no processo de estimular a empatia e a criatividade em estudantes. Por exemplo, é possível utilizar ferramentas digitais para fazer entrevistas online com pessoas que vivenciam situações-problema em outras partes do mundo, o que amplia o repertório cultural dos alunos e os incentiva a pensar globalmente. Além disso, existem diversas plataformas de colaboração online que permitem que os alunos trabalhem em equipe para identificar e propor soluções para problemas locais e globais.

Ao incorporar tecnologias digitais no processo de ensino, os professores podem engajar ainda mais os alunos em atividades que promovem a reflexão crítica, a imaginação e a criatividade. Por exemplo, os estudantes podem usar a realidade aumentada para criar modelos 3D de soluções propostas para problemas reais, ou podem usar ferramentas de visualização de dados para entender melhor a natureza dos problemas que estão enfrentando.

Em resumo, o Design Thinking aliado ao uso de tecnologias digitais pode ser uma excelente estratégia para estimular a empatia, a criatividade e a resolução de problemas em estudantes. Ao incorporar essas ferramentas no processo de ensino, os professores podem engajar os alunos em atividades significativas que promovem o desenvolvimento de habilidades essenciais para o sucesso no século XXI.

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